terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Assédio Moral


Infelizmente toda semana chega aos membros da AGMBR, reclamações de Assédio Moral, porém a vítima acaba por medo não levando a denúncia aos órgãos competentes, para que os agressores sejam responsabilizados.

Os tipos de ações de assédio moral no nosso ambiente de trabalho mais denunciadas são:

- Troca de escala,
- Indeferimento a falta abonada ou trocas de serviços sem motivos aparentes,
- Escalas Extras para aqueles que não querem; e ou não ter escala as pessoas que pedem por necessidade,
-Punições sem direito a defesa, contrariando as primícias dos direitos estabelecidos na nossa carta magna.
- Humilhar a pessoa em lugar público ou entre demais colegas de serviço.
- Tratar com diferença guardas,


Você sabe que o que realmente é considerado como assédio moral no ambiente de trabalho? Considera-se assédio moral no trabalho todas as ações, gestos ou palavras que atinjam, pela repetição, a auto-estima e a segurança do ser humano, fazendo-o duvidar de si e de sua competência, provocando danos ao ambiente de trabalho, à evolução da carreira profissional ou à estabilidade do vínculo empregatício.
Enfim, todas as atitudes que são capazes de ferir a personalidade, a dignidade da pessoa, a integridade física e/ou psíquica do ser humano, colocando em risco o emprego e comprometendo o ambiente de trabalho. Então como você já sabe o que é assedio moral dentro do trabalho, se caso acontecer com você ou então você conheça alguém que esteja passando por esse problema, vai aqui algumas dicas para saber como agir.
Muitas vezes pensamos que o ato de humilhar não traz nenhum malefício para saúde, mas este pensamento está errado, mas a humilhação estabelece um risco invisível, entretanto concreto nas relações de trabalho e a saúde dos trabalhadores e trabalhadoras, revelando uma das formas mais poderosa de violência sutil nas relações organizacionais, sendo mais freqüente com as mulheres e adoecidos.
Sua reposição se realiza ’invisivelmente’ nas práticas perversas e arrogantes das relações autoritárias na empresa e sociedade. A humilhação repetitiva e prolongada tornou-se prática costumeira no interior das empresas, onde prevalece o menosprezo e indiferença pelo sofrimento dos trabalhadores/as, que mesmo adoecidos/as, continuam trabalhando.
Então segue aqui algumas dicas de como agir na situação de assédio moral:
•Resistir: anotar com detalhes toda as humilhações sofridas (dia, mês, ano, hora, local ou setor, nome do agressor, colegas que testemunharam, conteúdo da conversa e o que mais você achar necessário).
•Dar visibilidade, procurando a ajuda dos colegas, principalmente daqueles que testemunharam o fato ou que já sofreram humilhações do agressor.
•Organizar. O apoio é fundamental dentro e fora da empresa.
•Evitar conversar com o agressor, sem testemunhas. Ir sempre com colega de trabalho ou representante sindical.
Exigir por escrito, explicações do ato agressor e permanecer com cópia da carta enviada ao D.P. ou R.H e da eventual resposta do agressor. Se possível mandar sua carta registrada, por correio, guardando o recibo.
•Procurar seu sindicato e relatar o assédio moral no trabalho acontecido para diretores e outras instancias como: médicos ou advogados do sindicato assim como: Ministério Público, Justiça do Trabalho, Comissão de Direitos Humanos e Conselho Regional de Medicina (ver Resolução do Conselho Federal de Medicina n.1488/98 sobre saúde do trabalhador).
•Recorrer ao Centro de Referencia em Saúde dos Trabalhadores e contar a humilhação sofrida ao médico, assistente social ou psicólogo.
•Buscar apoio junto a familiares, amigos e colegas, pois o afeto e a solidariedade são fundamentais para recuperação da auto-estima, dignidade, identidade e cidadania. Procure sempre a justiça para tentar encontrar um caminho para este problema e bola pra frente com a sua dignidade e moral preservada.

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